Introdução: A saúde do idoso está estritamente relacionada com a sua capacidade funcional, esta é definida como a habilidade do individuo em desempenhar independentemente as atividades ou tarefas do cotidiano, identificadas como essenciais para a manutenção do seu bem-estar. A capacidade funcional do idoso é avaliada por meio da análise das atividades de vida diária (AVDs). As AVDs mais simples são denominadas atividades básicas de vida diária (ABVDs), que refletem a capacidade para o autocuidado, as mais complexas são as atividades instrumentais da vida diária (AIVDs), que estão relacionadas com a capacidade de cuidar da sua própria vida ou de viver sozinho na comunidade. A qualidade de vida do idoso está diretamente relacionada à execução adequada dessas atividades, sendo, portanto, os principais determinantes da sua autonomia e independência. Objetivos: avaliar a capacidade funcional de idosos cadastrados em Unidades Saúde da Família do município de João Pessoa-PB. Metodologia: Pesquisa de natureza quantitativa, observacional, do tipo transversal, desenvolvida com 100 idosos cadastrados em duas Unidades de Saúde da Família, localizadas no Município de João Pessoa – PB. Os dados foram coletados, no domicílio do idoso, utilizando-se roteiro estruturado para obtenção de informações sociodemográficas, escala de Lawton para mensurar a capacidade de execução das atividades instrumentais da vida diária (AIVD) e escala de Katz para investigar a capacidade de realização das atividades da vida diária (AVDs). A análise dos dados foi por meio da estatística descritiva. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da UFPB (CEP/CCS/UFPB) com parecer nº 138.228 e CAAE 03469912.3.0000.5188. Resultados: Observou-se predomínio de idosos do sexo feminino (66%), faixa etária de 60 a 64 anos (26 %), casados (72%), morando com filhos e cônjuge (27%), 4 a 8 anos de estudo (33%) e renda mensal familiar de 1 a 3 salários mínimos (33%). Quanto ao desempenho de ABVD, 88% dos idosos eram independentes, 11% apresentou dependência parcial e 1% dependência completa. Em relação AIVD, 52% dos idosos mostraram-se parcialmente dependentes, 45% independentes e 3% completamente dependentes. Conclusão: Conhecer o desempenho funcional dos idosos é de suma importância para os profissionais de saúde, pois permite desenvolver estratégias de intervenção apropriadas, que objetivem a manutenção e reabilitação da autonomia e da independência, melhorando a qualidade de vida dessa população.