Esse é um trabalho de pesquisa com relatos de experiência, construídos por meio de observação participante na ocupação da escola José Alves Figueiredo na cidade de Crato, Ceará. Tem o objetivo de identificar de que forma o ato político de ocupar a escola em apoio à greve dos professores pode levar a tensionar tanto questões de gênero, quanto várias discussões sobre reforma educacionais e o cenário atual que as levaram jovens, em sua maioria do sexo feminino, a ocupar sua escola. O trabalho aponta dificuldades enfrentadas, principalmente que as envolvem diretamente as ocupantes, assim como entender como lidam com esses conflitos que as envolvem. Observei que os lugares socialmente demarcados como masculinos e femininos aparecem na ocupação, seguidos de várias questões e conflitos envolvendo o gênero feminino dentro da mesma. De modo que, as ocupantes estão a todo o momento questionando essas demarcações. Pensando a importância de estarem ali, tanto em apoio aos professores, como por melhorias na estrutura de sua escola, e na educação de um modo geral. Além disso, como plano de fundo está à luta por uma educação diferente, uma escola melhor. As pressões por parte de várias pessoas que não apoiavam o movimento, e em contraste o apoio de várias pessoas e movimentos sociais. Possibilitando em meio a esse cenário, perceber amplamente como marcações de gênero, a todo o momento tenta afirmar papeis e lugares sociais. Contrastando dualmente com a luta por uma educação diferente, como também para conseguir manter a ocupação em meio a diversos conflitos que as envolviam.