As Feiras de Ciências podem ser consideradas como momentos extremamente formativos tanto para os alunos, quanto para os professores que atuam como seus orientadores. Pode-se dizer que as Feiras de Ciências são importantes pois permitem a disseminação da produção científica dos envolvidos, sendo um momento de troca de experiências e conhecimentos, despertando para a continuidade dos trabalhos e o aprofundamento teórico-prático das investigações apresentadas. Aquelas feiras que tenham como objetivo a criação e desenvolvimento de projetos pensados e desenhados pelos próprios alunos, orientados pelos professores, contribuem para uma melhor qualidade educacional das escolas em que ocorrem e consequentemente numa melhor formação dos alunos envolvidos, principalmente pelo desenvolvimento da sua autonomia e criticidade. Neste estudo, busca-se analisar o desenvolvimento de projetos de pesquisa para Feiras de Ciências como estratégia de metodologia ativa. A presente pesquisa está sendo desenvolvida desde outubro de 2014 numa perspectiva de análise qualitativa, seguindo objetivos descritivos e exploratórios. Como sujeitos de investigação temos dois professores de Ciências (Ensino Fundamental) e duas turmas de alunos, sétimo e oitavo anos do Ensino Fundamental de duas escolas públicas do interior do Estado do Rio Grande do Sul. Estes professores têm desenvolvido projetos de pesquisa com os alunos nas aulas de Ciências Biológicas. O estudo encontra-se em andamento, sendo que os dados coletados estão em fase análise. Tem-se observado o desenvolvimento da autonomia, criticidade e capacidade argumentativa dos alunos durante as atividades em aula, especificamente nas relacionadas aos projetos de pesquisa. Espera-se, efetivamente que a construção e o desenvolvimento destes projetos possa contribuir para a formação de alunos críticos, tornando-os mais autônomos, com capacidade argumentativa, também responsáveis pelo seu processo de aprendizagem.