TORRES, Francisco Rafael Parente et al.. Graduação tecnólogica no instituto centec/ce. Anais IV FIPED... Campina Grande: Realize Editora, 2012. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/219>. Acesso em: 22/12/2024 19:31
Este trabalho investiga a relação entre a graduação do ensino superior e a graduação tecnológica no Ceará, precisamente no CENTEC/CE. Objetivamos de modo geral analisar o processo em que está inserido a Graduação Tecnológica e a formação dos graduandos para o mercado de trabalho.Nossa opção teórica e metodológica será baseada nos pressupostos da ontologia do ser social, de Karl Marx, assim como o resgate feito do trabalho como plotoforma do desenvolvimento do ser social, de Lukács. Analisaremos quais as diferenças existentes entre o novo graduado do ESNU e o antigo técnico de ensino médio. A aceitação social e o nível de empregabilidade em relações aos outros graduados no ensino superior clássico. Preliminarmente destacamos que em meio à crise estrutural, o capital tem procurado novas formas de repor suas perdas, enxergando na educação uma fonte para a obtenção de lucros. Partiremos desse entendimento da crise iniciada com o fim do “Welfare State” e adoção das políticas neoliberais para entender como a institucionalização das políticas públicas influencia na adoção dos modelos educacionais em nosso Estado. Em meio à crise do capital, onde inúmeros fatores interferem na educação emancipadora, a graduação tecnológica mostra-se reacionária e aprofundam ainda mais as divisões da educação, a dicotomia entre os formandos nos cursos clássicos (medicina, direito etc.) destinada aos filhos das elites e o ensino técnico, agora sob a roupagem do ESNU, tem apenas ampliado o abismo, da já dicotômica educação brasileira.