O presente artigo trata sobre a questão das “Mulheres indígenas em formação na educação de jovens e adultos (EJA): empoderamento e integração político social” buscando identificar quem são as estudantes, suas expectativas após o término dos estudos e qual sua participação política na comunidade em que estão inseridas. Ao longo dos anos, a participação das mulheres nas comunidades indígenas ficou restrita apenas às atividades inerentes ao interior da comunidade. Diante disto, o objetivo da pesquisa foi identificar o empoderamento e respeito à identidade das mulheres indígenas na educação de jovens e adultos da Escola Estadual Indígena de Ensino Fundamental e Médio Akajutibiro, como forma de fortalecimento e viabilização da participação política, comunitária e social. Para isso, foi feita uma contextualização histórica, utilizando como aporte metodológico a pesquisa exploratória, bibliográfica e de campo, com aplicação de entrevista não estruturada com o gestor da escola e com uma professora, propondo identificar a partir do relato do(a) entrevistado(a) seu posicionamento referente a educação aplicada na referida escola localizada na aldeia Akajutibiro. Segundo Marconi; Lakatos (2012), a entrevista consiste em uma conversação fornecendo ao entrevistador as informações necessárias verbalmente. Além disso, aplicou-se o questionário contendo oito questões fechadas com 20 estudantes na turma de EJA que estava no 3° ciclo do ensino, com o intuito de perceber suas expectativas em relação à educação e participação comunitária. Com base nos dados obtidos junto às mulheres indígenas em formação na educação de jovens e adultos da Escola E.I.E.F.M Akajutibiro, somada às reflexões acerca do histórico de luta dos povos indígenas, entende-se que o espaço de sala de aula pode proporcionar as estudantes reconhecer seu espaço social, bem como, reafirmar sua identidade de mulher indígena.