SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE IDOSO PORTADOR DE DOENÇA CRÔNICA
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Entre elas podemos citar a Diabetes Mellitus (DM), que consiste em uma disfunção metabólica crônica, grave, de evolução lenta e progressiva, caracterizada pela falta ou produção diminuída de insulina e/ou da incapacidade desta em exercer adequadamente seus efeitos metabólicos, levando à hiperglicemia e glicosúria. Em pessoas portadoras desse distúrbio, por um período de tempo consideravelmente longo, em média dez anos, o DM pode ocasionar outras doenças crônicas como a insuficiência renal, uma enfermidade que se caracteriza por lesão renal e perda progressiva e irreversível da função dos rins. Em sua fase mais avançada ela é chamada de Insuficiência Renal Crônica (IRC), visto que os rins não conseguem manter a homeostase do indivíduo. Considerando que a DM e a IRC são importantes problemas de saúde pública, o enfermeiro torna-se detentor de um grande desafio na assistência às pessoas portadoras dessas afecções, que é a sistematização do cuidado. Dessa forma a sistematização de enfermagem (SAE), surge como instrumento essencial que pode subsidiar e/ou guiar a assistência de enfermagem, com foco na integralidade do ser cuidado e garantindo ao enfermeiro segurança e autonomia, além de um atendimento individual mais humanizado. Objetivo: Sistematizar a assistência de Enfermagem prestada a uma paciente idoso portador de uma doença crônica, interno em um hospital universitário, investigando a condição clínica, fundamentado na teoria das necessidades humanas básicas de Wanda Horta. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso. Realizado durante Estágio de Enfermagem Clínica, no HUAC – Hospital Universitário Alcides Carneiro – na cidade de Campina Grande – PB, durante o ano de 2009. Resultados: A SAE foi aplicada a um paciente idoso, de 69 anos, diagnosticado com DM há 20 anos, portador de hipertensão arterial e IRC, afetado por cegueira devido à retinopatia decorrente da DM. Durante a realização do histórico de enfermagem foi possível identificar as necessidades humanas básicas afetadas, levantar os diagnósticos de enfermagem e elencar as intervenções necessárias. Dentre os principais diagnósticos de enfermagem temos: Nutrição alterada com ingestão menor que as necessidades corporais relacionadas a náuseas, vômitos e restrições da dieta; Intolerância a atividade relacionada à fadiga, anemia, retenção de produtos residuais e procedimento de diálise; Constipação devido à restrição de líquidos e ingestão de agentes fixadores de fosfato e déficit no autocuidado relacionado à alimentação, banho e higiene em geral, além dos cuidados com a fístula. Conclusão: No termino dessa experiência percebemos que o paciente hospitalizado, portador de DM e IRC precisou de condutas eficazes que objetivaram não somente o controle dos desequilíbrios fisiopatológicos, mas também com enfoque nos aspectos psicossocioespirituais. A SAE, considerada como um método científico guia a prática do enfermeiro e de toda sua equipe, sendo de suma importância para que o cuidado de enfermagem prestado ao paciente hospitalizado seja hábil e individualizado, de modo a garantir a integralidade e a qualidade da assistência." 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