A Educação Inclusiva é consagrada pela legislação brasileira e de praticamente todos os países, por se entender que o direito à educação é fundamental aos seres humanos. Todos nascemos com os mesmos direitos, independente das “diferenças” ou “deficiências”. Sendo assim, a inclusão de alunos com necessidades especiais em salas de aula regular é um direito natural, decorrente do fato dessa criança ou adolescente ser um cidadão. Levando em consideração esses aspectos, o presente artigo apresenta uma proposta de abordagem qualitativa descritiva do ensino da geografia para alunos deficientes visuais (DV) (cegos e de baixa visão), a partir da elaboração de materiais didáticos em turmas do Ensino Fundamental de uma escola estadual, na cidade de Campina Grande, Paraíba. Quanto à metodologia, empregaram-se estudos teóricos sustentados nos fundamentos da educação inclusiva, bem como aos conhecimentos sobre a cartografia tátil, base teórico-metodológica que auxiliou na definição dos tipos de representações e seleção dos mapas e gráficos que foram produzidos e utilizados pelos alunos, por fim, foi feita uma análise dos resultados obtidos com execução do trabalho. O objetivo proposto nesse trabalho foi o de discutir sobre possíveis estratégias didático-pedagógicas para o ensino de geografia de maneira inclusiva em relação aos alunos DV, através da elaboração e construção de materiais didáticos táteis, como mapas, gráficos e símbolos com texturas e em alto relevo.