Este artigo destina-se a discutir a Educação de Jovens e Adultos – EJA no Brasil e refletir sobre as principais políticas educativas no entorno desta modalidade de ensino, com o objetivo de verificar as intencionalidades subjacentes, bem como as demandas que orientaram a iniciativa deste tipo de ensino. Busca discorrer e analisar a proximidade difusa entre políticas e propostas educativas de inclusão e reparação desenhada no contexto da educação brasileira, sobretudo em meados do século XX, sob o pretexto de garantir educação para todos/as consoante a exigência a LDB de 1996, bem como refletir sobre as noções de: educação popular, noção de não criança das pessoas jovens e adultas, e a noção de excluídos e marginalizados socialmente. Para tal, o trabalho estar metodologicamente apoiado na pesquisa bibliográfica, onde mediante a esta investigação literária, pode-se constatar que a EJA, embora desenhada numa ótica de uma educação muito mais de reparação e legitimidades de projetos educativos com vista a erradicar ou diminuir o analfabetismo nacional do que de uma formação capaz de garantir mobilização social, avanço intelectual e emancipação plena, tem se convertido lentamente na potencialização de homens e mulheres dando voz e lugar a um extrato social excluído do direito à educação.