Nota-se na educação, há algumas décadas, a crescente preocupação com questões voltadas à saúde, sexualidade, educação em sexualidade e educação para a sexualidade. Dentre os conteúdos previstos para a abordagem do tema sexualidade na escola, encontra-se a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS, sigla em inglês de Acquired Immunodeficiency Syndrom), uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pelo Vírus da imunodeficiência humana (HIV), a qual teve sua descoberta na década de 1980, quando muitas pessoas, sendo em sua maioria homossexuais e prostitutas, que ao procurar atendimento à saúde, eram diagnosticadas com baixa imunidade e sintomas de diversas doenças, dentre elas, algumas que dificilmente os acometeriam, como o sarcoma de Kaposi. Assim utilizando como objeto de pesquisa os livros didáticos (LD) aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) para o ano de 2015 a 2017 nas escolas públicas de todo o Brasil, buscou-se diagnosticar como os assuntos HIV/AIDS estão sendo neles abordados e vinculados à saúde e outros assuntos como descriminação para com o portador no vírus. A investigação sobre LD não se caracteriza como sendo um novo campo de pesquisa, tendo sido ele nas últimas décadas o objeto de várias pesquisas tendenciadas para a análise de seus conteúdos e as ideologias por eles veiculados. Então guiado pela reflexão do que se pretendia alcançar ao desenvolver uma pesquisa no tema HIV/AIDS, a metodologia que melhor se adequou para alcançar os objetivos da pesquisa, foi a da Análise Textual Discursiva (ATD).