As transformações no mundo do trabalho, advindas das influências do novo estágio de desenvolvimento do capitalismo tem impactado a escola, como solo fértil de fortalecimento de seus interesses, impondo condições precárias de trabalho ao professor, que se refletem decisivamente sobre sua saúde. Nessa pesquisa, objetivou-se investigar o adoecimento docente, a partir da categoria trabalho – saúde – doença, junto aos professores da Educação Básica I, do Município de João Pessoa/PB. Em termos metodológicos, tipifica-se como um estudo transversal, procedendo-se análise quali-quantitativa dos afastamentos para tratamento de saúde desses professores no período de 2013 e 2014. A coleta dos dados se deu a partir do levantamento de dados secundários, derivados da relação dos afastados no setor de recursos humanos da Secretaria de Educação e Cultura e da identificação do motivo de afastamento registrado nos prontuários médicos na Junta Médica Municipal. Na fase de análise e interpretação dos dados, utilizou-se da tabulação dos dados com a análise estatística descritiva dos gráficos, quadros e análise bibliográfica. Como resultado, concluímos que as doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo e os transtornos mentais e comportamentais manifestam-se como os principais responsáveis das causas de afastamentos do trabalho em professores da Educação Básica I do Município, com maior frequência a partir dos quarenta anos de idade. Ao final, apresentam-se algumas considerações acerca da necessidade de enfrentamento dessa problemática, investindo-se na melhoria nas condições de trabalho dos professores e os efeitos desse processo sobre os resultados de seu trabalho.