A moringa oleífera é uma planta originaria do noroeste da Índia, mas teve uma grande facilidade em se adaptar ao clima semiárido, que apresenta baixos índices pluviométricos e por muitas vezes solos secos e com poucos nutrientes. Todas as partes da planta apresentam utilidade, destacando-se as sementes de onde o óleo obtido é usado no preparo de alimentos, na fabricação de sabonetes, cosméticos e como combustível. A pasta resultante da extração do óleo das sementes pode ser usada como um condicionador do solo, fertilizante ou ainda na alimentação animal. A semente ainda, por apresentar um alto teor de proteínas de alto peso molecular apresenta um uso muito expressivo quanto à questão de sedimentação de resíduos na água e consequente aumento da potabilidade. O presente trabalho teve como objetivo analisar a toxicidade, frente à Artemia salina Leach, da semente da moringa e da casca que a envolve, fazendo uma comparação com a CL50 de outras plantas encontradas na literatura que foram estudadas no estado da Paraíba. As sementes de moringa foram obtidas no sítio Muralhas, localizado no município de Cuité, Paraíba. Os extratos etanólicos da semente e da casca foram solubilizados e preparados nas concentrações de 1500, 1000, 500, 100, 50 µg.mL-1. O valor de CL50 para a semente foi igual a 1.783,40 µg.mL-1 e para a casca que recobre a semente foi CL50 de 1.501,71µg.mL-1. Os dois extratos etanólicos analisados apresentaram valor superior a CL50 >1000 ppm, indicando assim que os extratos da semente de Moringa oleífera e da casca que reveste esta semente não são tóxicos.