O biodiesel é o biocombustível mais promissor para substituir o diesel derivado do petróleo, podendo ser produzido a partir de uma variedade de óleos vegetais e gorduras animais. Mais especificamente, o biodiesel é uma mistura de ésteres mono-alquílicos de ácidos gordos, mais frequentemente originada a partir de matérias-primas disponíveis, abundantes e renováveis [1, 2].
Este biocombustível configura-se na matriz mundial como sendo menos poluente. Sua eficiência energética é equivalente a do óleo diesel obtido do refino do petróleo. Não há muita diferença de desempenho entre o diesel metílico e o etílico em motores, porém esse último oferece grandes vantagens ambientais e principalmente econômicas [3].
As matérias-primas são sem sombra de dúvida, a questão mais importante a ser considerada em qualquer estudo ou análise que se tente fazer, com relação ao desenvolvimento da produção e consequentemente do uso do Biodiesel. A soja por sua vez, se destaca como principal matéria prima contribuindo com cerca de 80% do óleo produzido e, a previsão é de que essa situação, como mencionado antes, não se modificará nos próximos anos. Essa cultura tem uma cadeia produtiva organizada e está no limite da fronteira tecnológica mundial, sendo que no ano de 2010 o Brasil,
foi o segundo maior produtor mundial dessa oleaginosa [4].
Para produção do biodiesel existem várias técnicas como a reação de esterificação, transesterificação e outras. Estas reações vêm despertando mais interesse, pois, este método é bastante viável, visto que ocorre em apenas uma etapa, se processa de modo rápido na presença de um catalisador, por ser simples, de baixo custo e se realiza em pressão ambiente [5].
Com isso, este trabalho tem como objetivo sintetizar nanoferritas do tipo Ni0,5Zn0,5Fe2O4 por reação de combustão e avaliar seu desempenho como catalisador na reação de esterificação via rota metílica para obtenção de biodiesel.