NETO, Cláudio Luis De Araújo et al.. Estudo dos recalques de aterros sanitários. Anais I CONAPESC... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/18010>. Acesso em: 22/11/2024 14:25
Dentre as tecnologias usadas para tratar Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), a mais utilizada é o aterro sanitário, devido a sua praticidade e baixo custo. Porém, durante a disposição dos resíduos e, mesmo após o seu fechamento, os aterros sanitários estão sujeitos a ações de vários agentes mecânicos, físicos, químicos e biológicos, que são responsáveis pelos deslocamentos verticais (recalques) dos maciços sanitários. Portanto, analisar os recalques dos RSU depositados em aterros sanitários tem fundamental importância para compreensão de aspectos geomecânicos e biodegradativos. Quando se monitoram os recalques pode-se garantir o controle da estabilidade dos taludes e a integridade dos sistemas de drenagem de líquidos e gases, assim como melhorar o aproveitamento do volume útil. Por isso, este trabalho, tem como objetivo analisar os recalques dos resíduos sólidos urbanos dispostos em uma célula experimental, que simula um aterro sanitário. Para o desenvolvimento desta pesquisa construiu-se uma célula experimental com 3,5 m de altura, 2,0 m de diâmetro e volume de aproximadamente 11 m3. A célula foi preenchida com uma amostra representativa de resíduos da cidade de Campina Grande - PB. Esta célula foi instrumentada com placas superficiais e em profundidades para leitura dos recalques do maciço sanitário. Através do monitoramento realizado na célula experimental, observou-se que os maiores recalques ocorreram nas placas superficiais, uma vez que eles refletem o recalque total da célula experimental. As placas em profundidade que apresentaram maiores recalques foram as localizadas mais próximas da superfície externa. Logo, pode-se concluir que os recalques ocorrem de forma mais intensa na zona superior dos aterros, e na zona inferior eles são mais brandos.