A sociedade tem perpassado por metamorfoses constantes e importantes durante toda sua história, sendo elas de natureza distintas (mudanças culturais, de ideologia, de liberdade, sócias, históricas, humanistas, artísticas, intelectuais, educacionais, tecnológicas, etc) e com objetivos diferenciados porém ligados diretamente as necessidades da civilização, para época. Nesta perspectiva, a pesquisa qualitativa aparece como uma alternativa para entender essas mudanças processuais. Os primeiros registros que tratam da abordagem qualitativa enquanto metodologia de pesquisa aparecem nas décadas iniciais do século XX e desde então desempenha um papel de investigação e construção de significados, conhecimentos e, sobretudo, ciência. Com o foco, principal de compreender determinados fenômenos, situações e/ou contextos a partir da interpretação, a pesquisa de cunho qualitativo centra-se na singularidade e no estudo personalístico (empático). A empatia aparece neste contexto como uma característica importante para a pesquisa de natureza qualitativa uma vez que ela garante ao pesquisador vivenciar a situação do pesquisando estabelecendo fundamentos necessários para validação dos resultados da pesquisa assim como na educação matemática pois o professor precisa ter um aporte empático para entender as necessidades de sua turma. O objetivo desta produção é relacionar as contribuições vygotskyanas construídas acerca da empatia com os conceitos de pesquisa qualitativa e de Educação Matemática sobretudo do ponto de vista das contribuições conceituais e procedimentais de Stake sobre o pensar na pesquisa qualitativa e as reflexões de Brolezzi sobre empatia.