A discussão sobre disponibilidade hídrica e gestão dos recursos hídricos representa um dos grandes desafios para as sociedades, uma vez que. A crescente necessidade por água tratada, tanto no aspecto qualitativo como quantitativo, tem se intensificado, criando uma atmosfera de conflitos hídricos pelo acesso, uso, gestão e manutenção das fontes. Constituindo-se este como um dos principais problemas da atualidade, com dimensões ecológicas, culturais, sociais e politicas em todo mundo. Nesse contexto, essa pesquisa, utilizando recursos de sensoriamento remoto e geoprocessamento, busca retratar o uso da terra no entorno do reservatório Saulo Maia em Areia-PB, e discutir sobre os conflitos hídricos do município. O Município de Areia está localizado na microrregião do Brejo paraibano. No município há três reservatórios (Pau-Ferro, Rio do Canto e Saulo Maia), ambos fazem parte da bacia hidrográfica do rio Mamanguape, mas apenas o Pau-Ferro e monitorado pela Agencia Executiva de Gestão de Águas do estado da Paraíba (AESA) ou Comitê do Litoral Norte. O reservatório Saulo Maia, base dessa pesquisa, possui o maior potencial de reserva hídrica e localiza-se na porção norte. Assim foi identificado a privatização do acesso ao reservatório e de sua área periférica, que deveria está ocupada apenas com vegetação florestal (APP), além disso, o Município apresenta uma pluviosidade alta e bem distribuída durante 6-9 meses, dessa forma, todo conflito de ordem hídrica, se dá pela gestão pública que envolve a Prefeitura, AESA e Comitê.