Em períodos de seca e estiagem é, ainda atualmente, dramática a situação da população no semiárido brasileiro por conta da falta de água, para satisfação de suas necessidades básicas. Sobre essa assertiva, nessa região do país, o uso de carros-pipa se apresenta como um dos principais meios de acesso ao abastecimento humano e, em especial da população carente sobre as áreas mais longínquas dos reservatórios hídricos ou de outros sistemas de engenharias – atrelados com o discurso de “combate à seca”.
Igualmente importante, é interessante acrescentar que sobre o clima do semiárido brasileiro, esse se caracteriza ainda pela grande irregularidade espacial e temporal. De modo que, sobre essa região do pais há uma complexidade de fatores naturais e sociais, que dialeticamente se associam para a configuração atual do quadro geográfico atual.
Segundo Ab’Saber (1999), trata-se de um dos semiáridos mais densamente povoados do mundo, sendo, pois uma região de grandes desafios. Com relação a região do Seridó potiguar, essa é atualmente umas das regiões mais atingidas pela recente seca no estado do Rio Grande do Norte, entre os anos de 2012 a 2015, onde vários municípios decretaram e/ou ainda permanecem em estado de emergência. Sobre essa contextualização, essa pesquisa tem como objetivo realizar uma análise sobre a distribuição espacial da pluviosidade média anual no Seridó/RN (Brasil) e sua possível relação com a operação dos carros-pipas, na seca de 2012-2015.
Quando na ausência ou ineficiência de uma política de planejamento sobre os recursos hídricos regionais, e mais precisamente quando em períodos de seca acentuada, dever-se-ia ainda levar em consideração a distribuição dos totais pluviométricos em questão