As crescentes demandas pelo uso da água decorrentes do crescimento populacional e impulsionadas pelo desenvolvimento tecnológico e econômico no Brasil, geram cenários de usos contínuos de águas subterrâneas, principalmente em regiões de clima semiárido, com longos períodos de estiagem e rios temporários. Em meio há isto ainda existem as disparidades regionais, onde áreas com grande densidade populacional possuem restrições hídricas, e localidades com população reduzida tem maior disponibilidade de água. A cidade de Sumé-PB, inserida na região denominada polígono das secas, convive com a seca e, diante disso, foi feito um estudo da qualidade da água subterrânea a partir da avaliação da água dos poços tipo amazonas, localizados ao longo do rio Sucurú, este um rio efêmero, cujas margens e leitos formam um conjunto aquífero aluvial de pequenas dimensões. Estes poços são utilizados pelos agricultores para manutenção da atividade agropecuária local nos períodos de estiagem e por isso a importância de avaliar possíveis alterações da qualidade das águas subterrâneas. Foram coletadas amostras de água em 9 poços, no período de julho a agosto de 2015, e através de análise em laboratório, verificou-se a quantidade de cálcio, magnésio, sódio e condutividade elétrica das amostras. Os dados foram transferidos para o programa Qualigraf v.1.17 (2014), o que possibilitou diagnosticar os poços, de acordo com a classificação do USSL para fins de irrigação, e assim, obteve-se o risco de salinidade e sódio do aquífero. Os resultados obtidos indicam que as águas dos poços possuem alto teor sódico e de salinidade, cujo uso indica riscos para o meio ambiente e para as pessoas.