BARROS, Matthews Victor De et al.. Escolinha de futebol: uma vivência da teoria a prática. Anais III CONAEF... Campina Grande: Realize Editora, 2012. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/1505>. Acesso em: 28/12/2024 19:33
Nosso estudo foi desenvolvido com crianças de risco, buscando trabalha-las sob um contexto social melhor e desenvolvendo suas relações em grupo, por isso, este estudo teve como propósito levantar observações pertinentes aos praticantes da modalidade futebol promovidas pelo Programa de escolinhas de futebol e relatar as experiências adquiridas por nós professores. O programa foi voltado para ao atendimento de aproximadamente 15 crianças e adolescentes com faixa etária de 7 a 16 anos de comunidades carentes de Campina Grande - PB, que estejam regularmente matriculados nos níveis de ensino fundamental e médio, do Sistema de Educação Pública da cidade. As turmas são formadas a partir de inscrições realizadas pelos alunos de acordo com o interesse destes, em participarem das modalidades, em particular o futebol. Buscamos capacitar as crianças para um convívio esportivo e social melhores, ensinando-as fundamentos físicos, táticos e técnicos do futebol e principalmente alguns contextos de convívio em grupo que prevalecessem durante sua vida. Com a prática desportiva habilidades motoras como coordenação, agilidade, lateralidade entre outras são desenvolvidas através dos treinos, mas nas nossas aulas não eram tidas como objetivo principal, sendo executado em segundo plano, sempre buscamos desenvolver uma consolidação entre os alunos estimulando sempre fundamentos filosóficos a respeito da educação, cidadania, convivência. De início era notório nas aulas a dificuldades que alguns alunos possuíam em relação aos fundamentos básicos do futebol como: passe, cruzamento, domínio, cabeceio entre outros. Com o trabalho conseguimos melhorar esses aspectos, não de forma perfeccionista, mas sim de forma que eles se sintam mais confiantes nas suas vivências no dia-a-dia, alguns com mais eficiência do que outros. Nas nossas atividades instigamos os alunos a realizarem circuitos onde se trabalha a parte técnica com a parte física, visando o aprimoramento dessas habilidades sempre buscando trabalhar de forma mais prazerosa possível. Uma das dificuldades que encontramos foi a ausência dos alunos em algumas aulas, devido ser provenientes de família carentes e terem dificuldade de chegarem ao local de aula, ou também por questão de horário. Também foi apresentando melhoria no comportamento dos alunos com a diminuição dos palavrões dentro do campo, diminuição das agressões físicas e verbais e também uma maior participação na aula, mesmo que as vezes alguns se recusassem a realizar determinado movimento. Esses resultados foram de grande valia para nós, pois demonstra o andamento positivo do nosso trabalho e nos estimula a continuar com o foco no desenvolvimento social, afetivo e técnico dos alunos, pensando sempre em transformá-los em cidadões melhores.