Artigo Anais XI Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

ESTADO DA ARTE: TESSITURAS INVESTIGANTES SOBRE AS NARRATIVAS DOCENTES ACERCA DA EDUCAÇÃO PARA SEXUALIDADE, UMA ANÁLISE DAS PRODUÇÕES ACADÊMICAS DO CENTRO DE EDUCAÇÃO (CE) DA UFPB

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Publicado em 02 de dezembro de 2025

Resumo

A pesquisa, desdobramento do trabalho de conclusão de curso (Santos, 2024), engendra considerações a respeito das produções acadêmicas elaboradas por graduandos dos cursos de Pedagogia, Pedagogia à Distância, Psicopedagogia, Pedagogia do Campo, do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) sobre as narrativas docentes, com enfoque na Educação Infantil, acerca da Educação para Sexualidade. Enseja tecer uma analítica sobre o fenômeno relativo à emergência da infância, mediante diálogo com Isabel Bujes (2001), Neil Postman (1999), Michel Foucault (2018, 2020), Phillipe Ariès (1986), articulado ao surgimento da Educação Infantil; analisar discussões sobre as relações de gênero e sexualidade na infância, fundamentado nas contribuições de Constantina Xavier Filha (2015, 2021), Guacira Lopes Louro (1997, 2000, 2001), Michel Foucault (2018, 2020), quanto às dinâmicas de saber-poder e suas formas regulatórias; e identificar as aproximações ou distanciamentos destas produções acerca do debate em torno das questões de gênero e sexualidade. Assim, as escolhas metodológicas voltaram-se ao Estado da Arte, como estratégia potente em organizar pesquisas bibliográficas. O Repositório Institucional da UFPB serviu como locus pertinente à coleta de dados; a seleção elegeu 10 monografias, situadas no recorte temporal de 2014-2021, conforme o objeto de investigação. Mediante análise, foi avaliada a importância em inserir nos cotidianos escolares da EI discussões críticas alusivas à Educação para Sexualidade, em que pese a baixa expressividade de produções acadêmicas. Foram feitos apontamentos relevantes, que demonstram possibilidades em propor desarranjos aos discursos efetivados pelo sistema sexo-gênero, repercutidos nos espaços das creches e pré-escolas. Por último, infere-se a urgência em ampliar aos processos formativos docentes, no período inicial ou continuado, debates atinentes às relações de gênero e sexualidade, e a sua incorporação aos planejamentos pedagógicos, tendo em vista a contínua desarticulação das oposições binárias, a fim de tramar outras mobilizações didático-curriculares, propensas a corroborar os atos de resistências.

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