Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

GEODIVERSIDADE E A CONSTRUÇÃO DO PATRIMÔNIO GEOMORFOLÓGICO NA RESEX MÃE GRANDE DE CURUÇÁ/PA: COMUNIDADE, SUSTENTABILIDADE E CONSERVAÇÃO.

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Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

Este estudo propõe a análise e aplicação da geodiversidade na construção do patrimônio geomorfológico da Reserva Extrativista Marinha Mãe Grande de Curuçá (PA), considerando a interdependência entre os processos geológicos e geomorfológicos e os elementos bióticos e abióticos na construção da paisagem, aliado aos modos de vida das comunidades extrativistas. A geodiversidade é marcada por processos de sedimentação, erosão, variação do nível médio do mar e do impacto das ações de macromarés (Dominguez, 2009; Souza; Andrade, 2024), É também a expressão da variabilidade de rochas, solos, formas de relevo e processos geológicos, constitui não apenas a base física dos ecossistemas, mas também um pilar das práticas culturais e econômicas locais (Gray, 2004; Araújo, 2005). Através de uma abordagem teórica-metodológica interdisciplinar, que articula a geografia física com os saberes tradicionais, a pesquisa adota como referência central, o conceito de patrimônio geomorfológico, compreendido como o conjunto de feições naturais de valor científico, didático e ecológico cuja preservação e conservação são estratégicas para a sua sustentabilidade (Brilha, 2005). A pesquisa integra a revisão bibliográfica, observação sistemática de campo e geotecnologias aplicadas à caracterização das formas de relevo e às transformações espaciais observadas ao longo do tempo na paisagem costeira da RESEX. Localizada (Mapa 01) em uma zona de elevada dinâmica ambiental, os resultados mostraram expressivas unidades geomorfológicas, destacando-se as planícies de maré, planícies fluviais, terraços marinhos, cordões litorâneos e planícies fluviomarinhas com exuberantes e contínuos bosques de mangue, todos os ecossistemas desenvolvidos sobre substrato sedimentar argilo-arenoso de idade Mio-Plioceno (Rossetti et al. 1989). Essas unidades geomorfológicas exercem papel crucial na estabilidade da linha de costa, na regulação hidrossedimentar e no suporte em áreas críticas como é a biodiversidade estuarina (Furtado et al., 2003). Tais geoformas sustentam atividades extrativistas essenciais à reprodução sociocultural das populações locais, cujas principais atividades econômicas incluem a pesca artesanal com o uso de barcos fabricados a partir da carpintaria naval tradicional e a coleta de mariscos e crustáceos. No entanto, os efeitos das mudanças climáticas, associados à intensificação da erosão costeira, observada, principalmente, em manguezais e restingas, à expansão urbana desordenada e a intensificação da criação e manejo do gado bubalino causando degradação do manguezal, configuram ameaças significativas à integridade dos extrativistas e sua sustentabilidade (Souza et al., 2017). Nesse contexto, destaca-se a importância de estratégias de geoconservação participativas, que integrem os saberes tradicionais das comunidades extrativistas ao conhecimento técnico-científico, promovendo uma gestão territorial compartilhada e sustentável, sensível às dinâmicas ambientais e culturais locais. Iniciativas como o monitoramento ambiental colaborativo, a valorização de trilhas ecológicas do geoturismo e a implementação de políticas de manejo sustentável são apontadas como caminhos viáveis para a proteção do patrimônio geomorfológico (Jorge; Guerra, 2016), capazes de fortalecer a resiliência socioambiental e a justiça territorial em contextos amazônicos de alta vulnerabilidade ambiental.

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