Com o aumento da expectativa de vida das pessoas e o crescimento acelerado da população idosa há uma preocupação cada vez maior em melhorar a qualidade de vida e em combater as doenças crônicas como diabetes, hipertensão e insuficiência cardíaca que estão relacionadas com a predisposição de doenças renais que são comuns nos idosos. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) cerca de 9.503 idosos começaram o tratamento dialítico no ano de 2008. O objetivo desse trabalho foi avaliar o perfil renal dos pacientes atendidos no Centro de Hematologia e Laboratório de Análises Clínicas LTDA – Hemoclin. Foram coletados os dados de 496 pacientes, com mais 60 anos de idade atendidos entre os meses de março a junho de 2015 com o intuito de investigar os níveis de ureia, creatinina e a estimativa da taxa de filtração glomerular (eTFG). O estudo mostrou que 54% dos homens e 19% das mulheres estavam com a ureia alterada. Verificou-se que 23,13% dos idosos não apresentaram doença renal crônica (DRC); e que 54,48% já estão nas fases iniciais da doença; também foi verificado que 17,91% dos pacientes já apresentavam uma diminuição moderada da TFG e 3,73% disfunção renal grave. Observou-se também que 36% dos pacientes idosos apresentaram a creatinina e a ureia alteradas simultaneamente. A faixa etária de 75 a 80 anos foi a que apresentou os maiores níveis séricos de ureia e creatinina. Foi possível avaliar o perfil de insuficiência renal dos idosos, utilizando níveis séricos de ureia e creatinina, bem como a taxa de filtração glomerular e determinar a faixa etária mais prevalente da doença.