O objetivo principal deste trabalho é caracterizar as ocorrências dos eventos extremos das chuvas, que ocorrem de forma muito concentradas em um único momento, impactando sobre as paisagens e os sistemas hídricos. A Mesorregião do Agreste alagoano, está na faixa de transição entre as Mesorregiões da Zona da Mata e do Sertão alagoano. Possuindo paisagens e regimes pluviométricos, influenciados por esses dois domínios morfoclimáticos, onde na porção da Zona da Mata ocorrem regimes de chuvas mais concentradas e na porção do Sertão, apresenta um preponderante regime pluviométrico marcado por extremas irregularidades de chuvas no tempo e no espaço, gerando a ocorrência cíclica das secas. O período de análise de dados foi entre os anos de 1950 a 2022, utilizando o índice SPI-6 (Índice de Precipitação Padronizada). Isto é, na escala de tempo 6 (seis) meses consecutivos. Tendo como referência, os meses de janeiro a junho, cujas maiores ocorrências das chuvas, sua ausência ou volumes extremos, déficits ou excedentes hídricos, bem como indicar a ocorrência de ano seco ou chuvoso. Sendo assim, esse estudo poderá constatar todos os eventos extremos e se ocorreram em anos secos ou úmidos detectados pelo SPI, adotando-se como referência também, os anos de atuação de eventos de El Niño e o gradiente meridional de anomalias de TSM (Temperatura Superficial do Mar) sobre o Atlântico Tropical, comandada pela incursão da ZCIT – “Zona de Convergência Intertropical”, que por sua vez, influencia na distribuição de chuvas sobre o Nordeste brasileiro.