Em áreas onde ocorrem atividades agrícolas, devem-se ser adotadas práticas de manejos que contribuam para a conservação do solo. Desse modo, o uso da leguminosa tem sido utilizado para proteger a superfície do solo do impacto direto das gotas de chuva, mas também a fixação de nitrogênio. O objetivo principal deste trabalho é analisar a dinâmica hidrológica de uma área dedicada à agricultura familiar, buscando entender os efeitos da degradação e da conservação do solo em diferentes manejos. Este estudo foi realizado na estação experimental de pesquisa e erosão localizada no Assentamento Fazenda Engenho Novo, no município de São Gonçalo (RJ), que possui duas parcelas com os seguintes tratamentos: a) sistema sem cobertura vegetal (T0) e b) sistema com presença de leguminosas do tipo Arachis pintoi (T1). Foram realizados ensaios de granulometria, porosidade total, macroporosidade, microporosidade, densidade do solo e estudo dos potenciais matriciais. Os resultados da granulometria mostram que a fração areia diminui do topo do solo para a zona subsuperficial, enquanto o oposto ocorre para a fração argila, indicando a presença de descontinuidades hidráulicas ao longo do perfil. Em relação aos dados de macroporosidade, constatou-se que a parcela com presença de leguminosas (T1) apresentou valores mais significativos em comparação à parcela sem cobertura (T0). Em relação aos potenciais matriciais a parcela T0 demonstrou uma limitação no movimento da água e a T1 as melhores condições de drenagem. Diante disso, os resultados gerados corroboraram no entendimento da importância de práticas de manejo que reduzam a degradação do solo.