Este estudo analisa a repercussão espacial da ilha de calor urbana em Sinop (MT), focando nos períodos chuvoso e de estiagem e relacionando-os à renda per capita da população. A pesquisa baseia-se na perspectiva do Sistema Clima Urbano de Monteiro (1975) e em metodologias de análise de ilhas de calor, como a de Amorim (2020). Utilizando dados de temperatura e renda, o trabalho revela que, embora todas as classes sociais experimentem os efeitos das ilhas de calor, as populações de menor poder aquisitivo e intermediária, especialmente aquelas com renda entre 0,5 e 2 salários mínimos, são as mais impactadas. As áreas periféricas de Sinop, caracterizadas por menores rendas e concentradas no setor Noroeste, apresentam magnitudes da ilha de calor similares ao núcleo urbano densamente construído, evidenciando desigualdades socioambientais. Esses achados destacam a necessidade de políticas públicas que melhorem a infraestrutura urbana nas áreas mais vulneráveis, considerando fatores socioeconômicos para mitigar os impactos negativos das ilhas de calor.