A Amazônia integra 34% do território maranhense, mediante isso, exploração dos seus recursos naturais para atender as necessidades humanas, tornou-se cada vez mais frequente e alarmantes. É neste contexto que se insere os estudos sobre a ocupação da Amazônia Maranhense, um setor do Estado em que há uma inserção massiva de atividades que alteram de modo significativo a dinâmica e inter-relações dos componentes naturais. Partindo desse pressuposto, o presente artigo tem como objetivo discutir as relações entre o processo histórico de ocupação no território amazônico, aliados as técnicas de geoprocessamento e sensoriamento para a identificação das mudanças ocorridas neste recorte temporal. Assim, este trabalho está dividido da seguinte forma: primeiro, discute-se o processo histórico de ocupação; Em seguida, a mudança na cobertura da terra no intervalo de 35 anos; e por fim, as implicações de uso que surgiram em decorrência da historiografia da ocupação no território amazônico. Os resultados evidenciaram que desde o ano de 1985 já eram visíveis a modificação da paisagem em decorrência da implementação de projetos de desenvolvimento da Amazônia, atividades agropecuárias e extrativistas na região. Contudo, ao longo dos 35 anos, a cobertura do bioma passou por significativas mudanças, sobretudo no meio florestal, que atualmente integra apenas 44% da cobertura vegetal. Esta redução ocasionou algumas implicações de uso, tais como, desmatamento, a destruição das matas ciliares, ocupações irregulares e diversas formas de uso.