A região Noroeste do Estado do Paraná é historicamente afetada por processos erosivos de grande proporção, incluindo sulcos, ravinas e voçorocas, que causam prejuízos ambientais, sociais e econômicos significativos. Tal problemática resulta de uma série de fatores, como a predominância de rochas areníticas da formação Caiuá e de solos de textura arenosa, agravadas por práticas inadequadas de uso e ocupação do solo. Nesse contexto, visando um desenvolvimento mais sustentável que concilie as características naturais e restrições da região, a presente pesquisa teve por objetivo analisar a fragilidade ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Xambrê – PR (BHRX), com área de 1.314 km² e abrangência de oito municípios. Para tanto, foram elaborados os mapas de Fragilidade Potencial, cruzando dados de tipos de solos, declividade, perfil e plano de curvatura, e o mapa de Fragilidade Emergente, combinando as variáveis do meio físico com dados de uso e ocupação do solo do projeto MapBiomas para o ano de 2022. Como resultados, observou-se uma alta fragilidade em ambos os mapas, com 36,45% e 62,7%, respectivamente, devido à combinação de Argissolos abrúpticos, declividades médias e altas (>12%) e vertentes côncavas e convergentes, com usos predominantemente agrícolas e de baixo grau de proteção, incluindo pastagens, mosaicos de usos, soja e cana-de-açúcar, sendo locais onde foram identificadas algumas feições erosivas severas. Nesse sentido, o estudo de fragilidade ambiental da bacia em questão, pode contribuir para o entendimento das dinâmicas que envolvem o espaço geográfico e fornecer subsídios para o planejamento ambiental e o ordenamento territorial.