O presente estudo investiga as transformações socioespaciais e climáticas na Baixada Fluminense, com um enfoque específico na relação entre o uso do solo e a temperatura da superfície terrestre (Land Surface Temperature, LST). Utilizando a metodologia elaborada por Anandababu e Purushothaman, foram criados mapas comparativos dos anos de 2021 e 2022, abrangendo tanto os períodos de verão quanto de inverno. Os dados utilizados são provenientes do satélite LANDSAT-8 e foram processados na plataforma Arcmap 10.2. Os resultados demonstram que as áreas urbanas apresentam as temperaturas mais elevadas, devido à alta capacidade de absorção térmica de materiais como concreto e asfalto, ao passo que as áreas naturais mantêm temperaturas significativamente mais baixas. Isso ressalta a importância das áreas verdes na mitigação do calor urbano. Durante o verão, as áreas urbanas registraram temperaturas entre 33°C e 40°C, enquanto no inverno, embora as temperaturas diminuam, elas permanecem elevadas em relação às áreas naturais. A análise enfatiza a urgente necessidade de políticas públicas direcionadas à criação e manutenção de áreas verdes, promovendo a qualidade de vida e a sustentabilidade ambiental nas cidades. A falta de tais políticas resulta em uma urbanização insustentável, caracterizada pela ausência de espaços verdes, aumento das ilhas de calor urbanas, poluição do ar e perda de biodiversidade. Portanto, a integração de áreas verdes no planejamento urbano é uma ferramenta de mitigação para uma organização urbana em convergência com o ambiente.