A caracterização fisiográfica e morfométrica de bacias hidrográficas possui relevância significativa para a melhoria do planejamento e gestão dos recursos hídricos. O artigo objetiva analisar a morfometria da BH do Igarapé Altamira, considerando os parâmetros geométricos, relevo e rede de drenagem, utilizando técnicas de geoprocessamento. Assim, foram geradas as declividades e hipsometria do local, a partir de um Modelo de Elevação Digital. Para a elaboração dos mapas de delimitação da área de estudo, foram adquiridos dados vetoriais a partir do banco de dados disponibilizado pelo Sistema Estadual de Informações Sobre Recursos Hídricos do Pará, sendo todas as informações processadas no software QGIS 3.22. A área total calculada foi de 70,11 km² com um perímetro de 67,59 km e coeficiente de compacidade (Kc) 2,2602. O fator de forma (Kf) foi calculado em 0,1803, com índice de circularidade (Ic) de 0,1927, sendo classificada com bacia de 4ª ordem com densidade de drenagem de 1,2459 km/km² e densidade hidrográfica de 0,7559 canais/km². Foi observado que o coeficiente de compacidade (acima de 1,0) associado ao fator de forma e ao índice de circularidade (0,1927), indicam que a BH não tende à forma circular, possuindo uma forma mais alongada que, em condições normais de precipitação, é pouco suscetível a enchentes, concentrando menores volumes de água no tributário principal. Desta forma, as metodologias de sensoriamento remoto e SIG se mostraram indispensáveis para uma análise detalhada da morfometria da BH, auxiliando na geração de informações e dados relevantes que permitem um melhor conhecimento sobre a área estudada.