As Áreas de Preservação Permanente (APP) são faixas instituídas legalmente que, dentre outros casos, delimitam os cursos hídricos, tendo como função a manutenção dos corpos hídricos, garantindo à sociedade o direito à qualidade de vida. Agem na proteção dos solos contra processos erosivos no estabelecimento do fluxo gênico, facilitando a troca genética entre populações vegetais e animais, o que é vital para a adaptação e resistência a mudanças ambientais. No entanto, essas áreas têm sido ocupadas de maneira desenfreada, apesar das leis que as protegem e essa ocupação provoca desequilíbrios em todo o sistema natural em que estão inseridas. Como objetivo principal deste trabalho, foi proposto analisar resultados do mapeamento temporal de uma bacia hidrográfica inserida no contexto do Cerrado. Buscou-se demonstrar o processo de uso e ocupação da terra nas APPs da referida bacia, verificando sua conformidade com a legislação ambiental e responder quais foram as pressões antrópicas ao longo do tempo que estiveram envolvidas na degradação desses ambientes e como o marco do Código Florestal brasileiro influenciou a dinâmica nesse estudo de caso.