O trabalho buscou analisar o estoque de carbono na biomassa acima do solo em manguezais no estado do Rio Grande do Norte. Quanto aos procedimentos metodológicos, respaldou-se em dados secundários de escala global e em cálculos algébricos para as estimativas de Biomassa Acima do Solo (AGB – sigla em inglês), Carbono orgânico (C) e Dióxido de Carbono (CO2). Como resultados, foi possível observar que a cobertura da vegetação de mangue correspondeu a 12.004,4 ha, onde as estimativas totais de AGB, C e CO2 apresentaram valores de 4.207.454 Mg, 1.998.792,4 Mg e 7.335.569,9 Mg, respectivamente. O estuário do Rio Curimataú teve o maior estoque entre as coberturas analisadas, com 3.484,9 ha e totais de 2.184.281,2 Mg/AGB, 1.037.525,6 Mg/C e 3.807.719,1 Mg/CO2. Já no estuário do Rio Sagi, a menor representatividade, com área de apenas 1,9 ha e totais de 934,4 Mg/AGB, 444,8 Mg/C e 1.632,4 Mg/CO2. Entende-se que os dados apresentados podem colaborar efetivamente para a gestão e o planejamento regional da Costa Potiguar, além enaltecer o papel direto e indireto das florestas de mangue como repositório de carbono azul.