O estudo das alterações na paisagem é crucial para a gestão territorial, especialmente em relação às atividades humanas e à conservação dos recursos naturais. A Terra Indígena Ituna-Itatá enfrenta desafios significativos, como a grilagem de terras, exigindo um monitoramento eficiente e políticas robustas de proteção ambiental e dos direitos indígenas. Para analisar o uso do solo na TI Ituna-Itatá, foram utilizadas geotecnologias como Sensoriamento Remoto e Sistemas de Informação Geográfica (SIG). Imagens de satélite Landsat 5 TM e Landsat 8 OLI foram processadas no software QGIS, onde foram realizadas composição multiespectral, segmentação e interpretação visual para identificar diversas classes, incluindo áreas antropizadas e formações florestais. Os resultados foram convertidos em mapas temáticos de uso e ocupação da terra, destacando os impactos das atividades humanas na região estudada. Após o processamento dos dados, foi identificado um alarmante crescimento de 2554% nas áreas antropizadas na TI Ituna-Itatá entre 2015 e 2022, totalizando um aumento de 159,37 km². Esse avanço foi impulsionado principalmente pela migração e ocupação ilegal, intensificando o desmatamento dentro desta área protegida. Essas descobertas sublinham a urgência de medidas efetivas para conter o avanço das atividades antrópicas na TI Ituna-Itatá, fortalecendo a vigilância e implementando políticas que assegurem a integridade ambiental e os direitos das comunidades indígenas que dependem desses recursos naturais