No semiárido brasileiro, a erosão dos terrenos ocorre em diferentes áreas, sendo necessário o monitoramento por novas tecnologias, como as aeronaves remotamente pilotadas – ARP. Nesse estudo, objetivou-se analisar imagens obtidas com ARP e apontar as potencialidades e limitações dessa tecnologia para a identificação de feições erosivas lineares no município de Floresta, semiárido de Pernambuco. Foi utilizado ARP modelo Air 2S da DJI para monitorar um sistema erosivo em dois períodos secos e dois períodos úmidos, entre 2022 e 2024. As imagens foram processadas no software Agisoft Metashape e as sobreposições foram realizadas no ArGis 10.6. As imagens obtidas permitiram a visualização de feições erosivas lineares nos períodos úmidos e secos e evidenciaram poucas mudanças na cobertura do solo ao longo do tempo. Parâmetros de sobrevoo, refletância de superfícies especificas e umidade do solo podem interferir na identificação precisa das incisões lineares. Como potencialidade, destaca-se a capacidade de se conduzir análises ultradetalhadas e como limitação, aponta-se para a necessidade de ajustes rigorosos nos parâmetros de sobrevoos para otimizar a identificação das feições erosivas em diferentes condições hidrológicas. O uso de ARP para esse fim se mostrou promissor para o monitoramento da erosão no semiárido, embora exija considerações técnicas específicas para cada contexto local. Observa-se que combinações com trabalhos de campo são essenciais para uma avaliação completa, auxiliando em estratégias de monitoramento e conservação ambiental.