A presente pesquisa investigou as implicações das Políticas de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva na aprendizagem do seu público-alvo em escolas públicas de Pernambuco. A abordagem adotada é qualitativa e para atender ao que é proposto realizamos uma pesquisa de campo em duas escolas da rede estadual de Pernambuco. Foram feitas entrevistas semiestruturadas com 20 professores cujas salas de aula regulares eram frequentadas por estudantes público-alvo da Educação Especial, estudantes com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. A análise de dados se baseou na análise de conteúdo de Bardin. O conceito de Vygotysky de compensação como contribuição para a aprendizagem desses estudantes foi estruturante na análise. Os resultados demonstram que, apesar de a matrícula dos estudantes público-alvo da educação especial estar garantida, a inclusão ainda não se efetiva de forma plena. A presença em sala de aula do profissional de apoio é uma medida assertiva da política, contudo, é o professor generalista quem vai ensinar o conteúdo e ele precisa ter o mínimo de conhecimento para realizar esse trabalho, o que demonstra a necessidade de formação continuada e da revisão dos currículos de formação de professores para a educação básica, bem como das condições físicas, de recursos humanos e materiais necessários para uma inclusão escolar satisfatória.