ESCARIÃO, Andréia Dutra. A ludicidade como espaço de fala na educação infantil. Anais do X CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2024. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/111835>. Acesso em: 24/12/2024 23:28
Este artigo apresenta o lúdico como um elemento de fundamental importância para o desenvolvimento da oralidade infantil. Assim, ressaltamos a importância da ludicidade, da manipulação dos objetos, da relação que a criança constrói a partir das interações, das experiências vivenciadas através da cultura e da relação com o meio e com as pessoas que convive. Nesse sentido, é preciso permitir o espaço para a criança, por meio das interações, vivenciar e significar a sua experiência, proporcionando situações em que exista o incentivo à oralidade. Diante desse contexto, é nosso interesse fazer uma discussão acerca da ludicidade na educação, objetivando compreender como a ludicidade presente em práticas escolares ajuda a desenvolver a oralidade em crianças em fase de aquisição de linguagem. Para facilitar a nossa compreensão, discutiremos os termos linguagem, ludicidade, brincadeira, jogo e brinquedo, à luz de alguns teóricos como Marcuschi (2001), Bakhtin (1988), Kramer (2007), Vygotsky (2010), Luckesi (2002), Friedmann (2005), Brougére (1998), e também de alguns Documentos do MEC que induzem políticas públicas para a Educação Infantil, apontando o brincar como direito da criança, a exemplo das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (1999), a Base Nacional Comum Curricular (2017), entre outros. A pesquisa foi realizada com crianças na faixa de 2 a 3 anos de idade, matriculadas na Educação Infantil de uma escola na cidade de João Pessoa/PB. Os momentos lúdicos vivenciados no contexto escolar, foram gravados e as cenas foram posteriormente transcritas e analisadas através do software Eudico Linguistic Annotator – Elan. Após análise ficou evidente que quando brinca, a criança incorpora a experiência social e cultural a partir das relações que estabelece com as outras pessoas, experimenta a língua numa constante ação sobre a própria experiência recriada, favorecendo assim o desenvolvimento da fala.