Artigo Anais do X CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

UM NOVO CURRÍCULO PARA A HISTÓRIA ESCOLAR: O LUGAR DO ENSINO DE HISTÓRIA NA BNCC PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

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Publicado em 08 de novembro de 2024

Resumo

Qual o lugar do Ensino de História na BNCC para os anos iniciais do Ensino Fundamental? Esta comunicação pretende responder a essa questão. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define habilidades e competências obrigatórias para o ensino escolar brasileiro. O documento também propõe fundamentos teóricos e processos cognitivos a serem perseguidos pelas práticas docentes nacionais. Podemos entender a BNCC como um documento referência para a construção de objetivos de aprendizagem, portanto sujeito aos pontos de vista e à criatividade escolar. Homologada em 2017, a compreensão da BNCC também depende da reflexão sobre os processos políticos e históricos que interferiram na sua construção e implementação tais como a influência dos interesses empresariais definidos por entidades como a Fundação Lemann e o Movimento pela Base. A presente pesquisa tem como principal objetivo analisar a concepção de História escolar presente na nova BNCC produzindo uma leitura que articula nossa compreensão sobre os saberes históricos determinados como currículo oficial e a compreensão do contexto histórico de sua produção e implementação. Enfim, buscaremos refletir sobre como o documento pode impactar no ensino de História nos anos iniciais. Além de uma pesquisa documental, nossa investigação também possui um caráter bibliográfico expresso na discussão das produções científicas de autores como Tarlau e Moeller (2020), Ralejo, Mello e Amorim (2021), dentre outros(as). Os resultados apontam que a BNCC induz a realização de um ensino de História que dialogue com os contextos históricos discentes, de um ensino de História por eixos temáticos e círculos concêntricos e com um ensino que dialogue com a metodologia da pesquisa histórica. Em contrapartida a esses aspectos, a versão final excluiu a abordagem de gênero e retoma a tradição conteudista, resultando em uma visão simplificada, linear e cronológica da História.

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