O brincar heurístico, dentro de suas especificidades, deverá ser oportunizado a todas as crianças de 0 a 6 anos, visto que a primeira infância é o período de maior desenvolvimento da criatividade infantil. No campo da Pedagogia, temos nos debruçado sobre a qualidade do brincar e suas modalidades, sendo o heurístico a inspiração das práticas neste artigo apresentadas. Pensando nisso, o presente estudo traz algumas reflexões de duas professoras (uma turma unificada e duas turmas de Infantil IV) sobre a qualidade do brincar com material de largo alcance. O lócus de pesquisa deu-se no município de Caucaia/CE, em uma instituição localizada na zona rural e em outra na zona urbana. O procedimento metodológico consiste em uma pesquisa de campo em que foram coletados dados registrados no diário de campo, por meio de fotografias, que subsidiaram nossas observações as quais provocaram as reflexões citadas anteriormente neste resumo. Como fundamentação teórica, utilizamos como referência os seguintes autores: Goldschmied e Jackson (2006), Fochi (2018), Formosinho (2021), Silva (2022), entre outros. A partir desta pesquisa, podemos verificar o quão é necessário desconstruirmos a ideia de uma infância plastificada podendo acarretar o consumismo. Contudo, a utilização dos materiais não estruturados, o espaço propositor e a intencionalidade pedagógica proporcionaram um maior comprometimento das crianças com esse brincar, no qual as possibilidades de criação foram mais significativas durante o processo de aprendizagem.