O objetivo desse artigo é refletir sobre o furto do lúdico ocorrido no contexto escolar, percebido pelo silêncio corporal exigido por muitas instituições educacionais que não consideram as necessidades específicas das crianças em suas propostas pedagógicas, especialmente as relacionadas às práticas lúdicas. Por se tratar de uma pesquisa bibliográfica, a metodologia utilizada buscou os dados em livros, documentos, artigos, dissertações, teses e outras plataformas como bibliotecas virtuais e banco de dados de programas de pós-graduação, pesquisas já publicadas e que se propuseram a discutir do silêncio corporal, o furto do lúdico, infância e as culturas lúdicas infantis. Foi possível concluir que o jogar e o brincar são reconhecidos como direitos das crianças por diversas Leis no âmbito nacional e internacional. Entretanto, o fato de existirem legislações que assegurem esses direitos implica entender que eles estão sendo negligenciados de alguma maneira. Além disso, independentemente da época, do contexto, da política vigente e da proibição das manifestações lúdicas infantis pelos adultos ao longo dessa história, as crianças sempre encontram um meio de continuar sendo crianças, manifestados por meio de práticas lúdicas que não podemos interferir. Embora a sociedade e as instituições educacionais tentem abolir o lúdico, ele sempre existirá nos sonhos da maioria das crianças.