O presente trabalho é um relato de experiência memorialístico de uma professora em formação, onde as inquietações e receios permeiam o meu percurso formativo. Descobrir-me professora é me aventurar nas entrelinhas do fazer pedagógico e nas subjetividades da arte de ensinar. Desse modo, o trabalho tem como objetivo relatar vivências oriundas do Programa Residência Pedagógica (PRP), enfatizando meu percurso formativo e as (trans)formações ocorridas ao longo do caminho. Para tanto, é válido ressaltar as contribuições do mesmo para o desenvolvimento da formação inicial dos licenciados, assegurando vivências no dia a dia de docentes, bem como, as construções e desconstruções do “ser professor”. O PRP, é um importante programa de fomento na formação, de modo que o convívio diário na escola-campo permite ao aluno vivenciar a sua auto-formação, experimentar os desafios da práxis educativa, além das inquietações e aspirações que ecoam nos corredores da instituição de atuação. Por conseguinte, as indagações e reflexões do desenvolvimento de tornar-se professor promovem uma diversidade de perspectivas, de encontros e desencontros que são essenciais para que o sentimento de pertencimento da sala de aula surgisse no meu interior. A identidade docente não é imutável, ela é decorrente de um processo de transformações, vinculada aos momentos que vivenciamos e presenciamos nos contextos escolares, sociais e emocionais na qual o indivíduo está imerso. Logo, é evidente que as inseguranças e inquietações nos acompanham ao longo da nossa carreira profissional e fica claro a importância de ressignificar esses momentos.