As discussões acadêmicas sobre “O que é vida?” têm sido direcionadas para a compreensão da consolidação da ciência Biologia, de forma epistemológica, ao considerar que o desenvolvimento do conhecimento biológico, proporcionou inúmeras ferramentas conceituais que auxiliam na compreensão deste fenômeno. Mas, ao nos voltarmos para essas áreas emergentes de estudo, como o da astrobiologia, e também as tecnologias que estão à nossa disposição, como a inteligência artificial, o fenômeno da vida está sendo considerado e veiculado por essas publicações acadêmicas? Como isso pode fazer parte da formação inicial e ser inserido no ensino de Ciências e Biologia? Diante desta premissa, este trabalho, oriundo de um ensaio teórico e epistemológico, a partir de uma pesquisa bibliográfica, teve o objetivo de investigar como a literatura aborda conceitos acerca do fenômeno vida, considerando as ferramentas conceituais da astrobiologia e da inteligência artificial, que podem ser refletidas na formação inicial de professores para o ensino de Ciências e Biologia na Educação Básica. Através de uma análise interpretativa dos textos acadêmicos selecionados, mediante critérios estabelecidos à priori, foi possível concluir que embora hajam diversos trabalhos sobre astrobiologia e inteligência artificial, ainda pouco se tem sobre as definições de vida e a inserção desses conteúdos na formação inicial e continuada. Isto revelou que novas pesquisas e debates nos conselhos acadêmicos devem ser promovidos no que tange a reorganização curricular para inserir novas ementas que possibilitem essa formação aos futuros professores de Ciências e Biologia.