Explorar a expressão simbólica das crianças é o objetivo da proposta de proporcionar a turmas de educação infantil os contextos investigativos, em direção contrária à oferta de desenhos prontos ou atividades consideradas pré-requisitos obrigatórios à alfabetização. A metodologia da organização de contextos pedagógicos provocativos à criação e expressão das “cem linguagens” infantis, valeu-se da organização frequente da sala de aula em formato de atelier a partir de uma história, filme ou expedições. Justifica-se essa prática considerando a importância da função simbólica na infância bem como, a necessidade de propostas em direção contrária a encurtar a infância com a alfabetização precoce. O referencial teórico da projetação, no sentido de programar e agir, buscou-se em Loris Malaguzzi segundo Rabitti (1999). Os resultados repercutiram em crianças, professoras e bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). As crianças, ao admirarem suas criações e as dos colegas foram capazes de, na roda de conversa, expressar seus processos criativos, expor suas habilidades motoras, usar palavras adequadas, compartilhar a autoestima e a satisfação. As professoras e bolsistas, surpreendidas com os resultados, sentem-se desafiadas a reflexões e mudanças relativas a escutar, observar, documentar e oferecer visibilidade às ideias infantis assim como, descobrir novas provocações ao pensamento infantil.