O trabalho relata a experiência realizada junto ao Oitavo Ano da Escola Municipal Porto Novo de Lajeado, em parceria com o Pibid coordenado pela Universidade do Vale do Taquari na elaboração de uma sequência didática interdisciplinar que contemplasse, desde o início, a realidade dos estudantes Neurodivergentes, a saber, aqueles com Transtorno de Espectro Autista, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, Dislexia, bem como aqueles com Superdotação/Altas Habilidades. Com a equiparação entre TDAH e TEA pela legislação brasileira e a união de ambas doenças no CID-11, as instituições de ensino brasileiras precisam se preparar para a integração deste contingente de alunos, um quadro sub-diagnosticado. Segundo a Universidade de Stanford, entre 15% e 20% da população mundial se enquadra entre os chamados Neuro Divergentes, que além dos casos já citados, inclui também a chamada Superdotação/Altas Habilidades. Independente do caso, o Brasil já garante a estes estudantes o direito a um Plano de Estudo Individualizado, acompanhamento especial e adequação curricular. O trabalho realizado partiu do pressuposto de que, se invertermos a regra padrão e considerarmos estas necessidades desde o início na elaboração das aulas, reduz-se a diferença de aproveitamento entre os neurotípicos e neurodivergentes e assim, consequentemente, reduzir as adaptações individuais posteriores. A escola parceira do Pibid trabalha com Pedagogia de Projetos, o que por si só já é um avanço na integração deste contingente e nosso trabalho pretende agregar algumas técnicas e reflexões que agreguem valor ao trabalho já desenvolvido na EMEF Porto Novo na elaboração de uma sequência didática não-capacitista.