Atualmente, diante do contexto socioeconômico que tange ao investimento em energias limpas, há a necessidade em buscar o menor impacto ambiental possível e minimizar os que já existem. Com o contínuo crescimento populacional das cidades, houve simultaneamente uma maior concentração de resíduos sólidos em aterros sanitários, gerando um grave problema para a administração pública, pois além da produção de chorume, há também a liberação de gases, como o metano (CH4), dióxido de carbono (CO2), amônia (NH3), hidrogênio (H2), gás sulfídrico (H2S), nitrogênio (N2) e oxigênio (O2). A liberação de gases nos lixões é um risco de saúde pública, pois são gases que, além de terem odores desagradáveis, são tóxicos e oferecem risco de explosão. Sob essa perspectiva, surge o desenvolvimento no processo de obtenção do biogás e, posteriormente, seu devido tratamento em reatores a fim de que ele possa ser utilizado em seus diversos processos produtivos. Mesmo o biogás sendo constituído em sua maioria por metano, é necessário o tratamento para remoção de outros gases em sua composição. O gás sulfídrico, por exemplo, é responsável pela corrosão nas paredes dos dutos por onde o biogás circula e o gás carbônico pela redução do seu poder energético, devido ao deslocamento de equilíbrio durante a reação de combustão. Assim, objetivou-se a construção de um reator simples, a fim de retirar o gás sulfídrico presente utilizando como agentes oxidantes materiais recicláveis (restos de usinagem para oxidação metálica). Para a retirada do dióxido de carbono efetuou-se sua devida lavagem usando uma coluna de absorção recheada com água como solvente.