O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos de origem fóssil que permanece no estado gasoso nas condições atmosféricas normais. Pode ser encontrado em reservatórios de forma associada (quando encontra-se dissolvido no óleo) ou não associada (livre ou com pequena quantidade de óleo). O gás natural não associado apresenta os maiores teores de metano, enquanto o associado apresenta proporções significativas de etano, propano, butano e hidrocarbonetos mais pesados. Para adquirir as características comerciais definidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o gás natural passa por tratamento nas Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN), que efetua a retirada de impurezas e a separação dos hidrocarbonetos pesados. As turbinas a gás são as máquinas primárias mais utilizadas nos sistemas de geração de energia. Esses equipamentos podem ser abastecidos pelo gás natural antes de seu processamento, passando apenas por um tratamento primário que remove a água e outros contaminantes mais significativos. O presente trabalho tem por objetivo avaliar a composição do gás natural não processado, estabelecendo uma comparação entre este combustível e o gás processado proveniente das UPGNs. Os resultados das análises cromatográficas realizadas mostraram que o gás não-processado possui quantidade de contaminantes acima do valor permitido pela ANP inviabilizando sua comercialização e utilização. Entretanto, foi evidenciado seu potencial de utilização para o provimento de energia requerendo apenas o monitoramento dos contaminantes presentes.