Este trabalho foi desenvolvido a partir das observações realizadas pelas bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência em uma escola municipal da zona sul do Rio de Janeiro durante um ano. Durante as atividades foram observadas as relações de autoridade entre professores, alunos e funcionários que compõem a cultura escolar. Partimos do pressuposto que a interação cotidiana contribui para a construção dessa cultura, que reflete não só os atributos de autoridade e hierarquia, mas também os elementos que os legitimam. Foram identificadas relações de mando e obediência, em uma proporção de desigualdade e abusiva entre os alunos e os professores e a diretora da escola. Neste processo se destaca a diferença do relacionamento professora supervisora, que desenvolve um trabalho sobre ética e cidadania, a partir do diálogo, evitando a coerção e estimulando a reflexão sobre as relações interpessoais e seus impactos na aprendizagem. A pesquisa é qualitativa e o método utilizado foi a observação participante. Conclui-se que a forma como a hierarquia e a autoridade são estabelecidas na escola gera o aumento dos conflitos entre os alunos da turma, à medida que eles reproduzem na sala de aula as relações estabelecidas com a direção e os outros docentes da escola, o que prejudica a o processo educacional desenvolvido pela professora supervisora, principalmente a formação ética e cidadã.