Na área da educação, a inclusão de alunos surdos é um tema de grande importância. Nesse contexto, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) desponta como uma relevante ferramenta de garantia para a acessibilidade ao conhecimento e à participação efetiva no ambiente escolar. Porém, no ensino de biologia devido a sua complexidade e as barreiras comunicacionais representadas pela vasta terminologia e conceitos ainda há desafios a serem superados na efetivação de práticas pedagógicas inclusivas e acessíveis. Neste resumo pretendemos relatar as vivências e contribuições na área de ensino de biologia para alunos surdos, oportunizada aos mesmos pela elaboração de um sinalário através da estratégia de busca e criação de sinais específicos para termos e conceitos científicos no processo de ensino e aprendizagem de Biologia em LIBRAS. A atividade foi desenvolvida na etapa de regência, através do Programa de Residência Pedagógica vinculado à Universidade Federal de Pelotas, em duas turmas de ensino médio, pertencentes à Educação Especial Classe Bilíngue de uma escola em Pelotas/RS, sendo uma de segundo ano, com cinco alunos surdos e a outra de terceiro ano, com quatro alunos surdos. A experiência possibilitou observar as potencialidades e fragilidades enfrentadas pela comunidade surda dessa escola e, sobretudo, o quanto o protagonismo dos mesmos, através da construção de um sinalário, torna-se enriquecedor no processo de ensino e aprendizagem em Biologia.