O petróleo é a maior fonte de geração de energia da atualidade, mas durante sua produção, exploração, transporte e armazenamento podem ocorrer derramamentos, que causam sérios danos ao meio ambiente e à economia local. Para minimizar os efeitos decorrentes dos derramamentos vários processos de separação são utilizados, dentre eles, a sorção. Dentre os materiais sorventes, as fibras naturais merecem destaque por serem obtidas de fontes renováveis, apresentarem alta capacidade de sorção e baixo custo. O material sorvente utilizado neste trabalho é a fibra obtida do pseudocaule da bananeira prata (Musa Paradisíaca L.). Após a bananeira dar o fruto e o filhote (outra bananeira que produzirá fruto) ela é cortada e deixada na plantação. O pseudocaule, que equivale a seu tronco, pode ser aproveitado para retirar as fibras. Neste trabalho, a fibra obtida do pseudocaule da bananeira foi caracterizada por análise termogravimétrica, microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura e composição química. A fibra foi utilizada como sorvente de dois petróleos com viscosidades diferentes para a construção das curvas de cinética de sorção a 40ºC em intervalos de tempo pré-definidos até ser atingido o tempo de equilíbrio. Para ambos os óleos estudados, o equilíbrio foi obtido rapidamente (máximo de 50 minutos para o petróleo menos viscoso). A capacidade de sorção e a cinética dependem das características da fibra e do óleo. Comparando-se as curvas cinéticas obtidas percebemos que a fibra apresentou maior capacidade de sorção para o óleo menos viscoso, embora sua cinética tenha sido mais lenta.