O envelhecimento traz consigo várias patologias que contribui para maior risco de hospitalização, em situações agudas e crônicas. A desospitalização para o acompanhamento domiciliar vem crescendo no Brasil, por trazer mais humanização, otimizando as vagas em leitos hospitalares nas situações de demanda reprimida, mas, quando se trata da pessoa idosa, o maior desafio consiste no apoio familiar. Este trabalho objetiva analisar a desospitalização no contexto familiar enquanto contribuição para a recuperação do sujeito idoso. Trata-se de uma revisão de literatura, com artigos publicados nas bibliotecas virtuais tais como: Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), nos últimos cinco anos. Os resultados demonstram que diversos autores apontam uma alta taxa de mortalidade em rede hospitalar. Quanto à taxa de reinternação, indicam que 20,7% dos idosos têm reinternações no período de um ano após sua alta. Outros autores apontam que o risco de óbito é triplicado após um ano. Conclui-se que, ainda é um desafio o apoio familiar nesse processo de desospitalizar e realizar o tratamento em internação domiciliar quando se trata da pessoa idosa, pois, nem sempre a família consegue contribuir com a atenção devida no processo, seja por negligência, ou pelo não conhecimento, ou ainda, pelas atividades diárias que impossibilitam nesse engajamento, provocando piora no quadro clínico ou não possibilitando a internação domiciliar de maneira humanizada. Quando se trata de idosos dependentes ou com condições de saúde que impendem a autonomia, se faz necessário políticas de sensibilização e fortalecimento de vínculos, que contribuam para que o idoso vivencie esse processo de maneira mais segura, experienciando uma recuperação melhor, junto aos entes queridos, sem riscos de infecções hospitalares, com mais qualidade de vida para o idosos e que não precisariam ficar tanto tempo no hospital acompanhando seu familiar internado.