O aumento da expectativa de vida da população influenciou a transição do perfil de morbimortalidade, onde as doenças crônicas não transmissíveis emergiram como um grande problema de saúde pública, dentre elas, a obesidade e diabetes mellitus tipo 2. O presente estudo teve como objetivo avaliar a associação entre obesidade abdominal e controle glicêmico em pessoas idosas com diabetes mellitus tipo 2. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, conduzido no ambulatório de endocrinologia de um hospital público situado na cidade de Recife, Pernambuco, durante março de 2019 e abril de 2020. A amostra foi composta por 41 indivíduos com diagnóstico médico de diabetes mellitus tipo 2. Para o diagnóstico de obesidade central foi considerado circunferência abdominal ?102 cm para homens e ?88 cm para mulheres. Foram coletadas variáveis sociodemográficas para caracterização da amostra, além de variáveis antropométricas e clínicas. Dentre estas foram avaliados a prática de atividade física e alimentação através do Questionário de Atividades de Autocuidado com o Diabetes (QAD), controle glicêmico, uso de medicação, tabagismo e alcoolismo. Não foram encontradas associação dentre os fatores sociodemográficos e controle glicêmico, já dentre os outros parâmetros clínicos foi possível observar associação entre obesidade abdominal e atividade física (p= 0,040). Nota-se a importância da inclusão das pessoas idosas nas atividades físicas e combate ao sedentarismo em indivíduos nessa faixa etária, sendo importante compreender como motivá-los a se manterem engajados neste propósito uma vez que a atividade física só proporcionará benefícios se realizada de forma contínua e adequada.