Quedas constituem relevante problema de saúde pública nacional na atualidade, especialmente entre a população idosa. Objetivou-se descrever as internações hospitalares (IH) por quedas, entre pessoas idosas, no estado do Ceará, no período compreendido entre os anos 2013 e 2022. Trata-se de estudo descritivo, documental e retrospectivo. Os dados foram coletados do Sistema de Informação de Internação Hospitalar do Sistema Único de Saúde, via DATASUS/ Tabnet, e a seguir, organizados e analisados com auxílio do Microsoft Office Excel. O total de hospitalizações de pessoas idosas por quedas no estado do Ceará, considerando-se o período investigado, foi de 38.807. Destaca-se o expressivo aumento numérico ao longo da década analisada, equivalendo a 97,6% (2.721 IH em 2013; 5.375 IH em 2022). Idosos octogenários foram os que mais precisaram de IH em decorrência de quedas no período (12.853). Quanto ao sexo, prevaleceram as IH de mulheres idosas (24.698). No concernente à categoria de causa das quedas, teve-se maioria definida como “outras quedas no mesmo nível” (16.092), seguida, respectivamente, por: “queda sem especificação” (15.974); queda no mesmo nível por escorregão, tropeço ou passo falso” (2.763); e “outras quedas, de um nível a outro” (2.336). A média geral de permanência em hospitalização foi de 8,1 dias, sendo maior entre octogenários (9,5 dias). Ressalta-se que ssa média de permanência também variou significativamente de acordo com a categoria de causa da queda (17,3 dias para “quedas de outras mobílias, que não cadeiras e leito” e 3,2 dias para quedas em/de escadas). O número total de óbitos decorrentes dessas IH foi de 1.931, sendo similares entre os sexos, prevalentes em idosos longevos (80 e mais anos: 1.020), e relacionados principalmente à categoria de causa de queda “outras quedas no mesmo nível” (1.271).