Artigo Anais do X CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

SENOTERAPIAS RELACIONADAS A DISFUNÇÃO MITOCONDRIAL NA SENESCÊNCIA OVARIANA: UMA REVISÃO NARRATIVA

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Publicado em 20 de dezembro de 2023

Resumo

Com as mudanças sociais no estilo de vida, muitas mulheres optam por engravidar após os 30 anos, idade associada à senescência ovariana com o declínio dos oócitos, e consequentemente da fecundidade. Estudos relacionam intimamente a disfunção oocitária à disfunção mitocondrial ovariana, logo, meios para amenizar danos e melhorar a qualidade dos oócitos são necessários. Assim, este trabalho objetiva apresentar as principais senoterapias existentes na literatura que atuem na disfunção mitocondrial ovariana. Essa revisão narrativa utilizou o PUBMED e os descritores (mitochondria) AND (ovary aging), critério temporal de 5 anos e retornou 17 resultados. Os resultados mostram que existem diferentes tipos de senoterapias relacionadas às disfunções mitocondriais, as principais são: terapias antioxidantes e terapias de transferência mitocondrial heteróloga e homóloga. As antioxidantes são divididas em: uso de agentes antioxidantes diretos (coenzima Q10, resveratrol, vitamina C e E, e ácido fólico); substâncias que atuam na resposta celular contra o estresse oxidativo (hormônio do crescimento); substâncias que fazem ambas as coisa (melatonina); e NAD+ com precursores. As evidências apontam que o uso dessas substâncias diminui o estresse oxidativo nos ovários e aumentam a função mitocondrial, quantidade e qualidade dos oócitos, embora não se saiba descrever o exato mecanismo e consequências. Em relação à terapia de transferência mitocondrial heteróloga, usa-se um oócito saudável de um doador, para aproveitar a maquinaria celular no oócito senescente. Atualmente essa técnica é proibida, mas estuda-se a transferência mitocondrial homóloga, que consiste em usar a maquinaria de células saudáveis do próprio indivíduo no oócito senescente. Para concluir, entre os achados na pesquisa atualmente os métodos antioxidantes são mais utilizados para tentativas de prevenir e reverter a senescência ovariana, contudo os estudos que atingiram fase clínica e pós-clínica são escassos. Necessita-se de mais estudos na área dada a tendência da gravidez tardia se manter como padrão.

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